sábado, 1 de outubro de 2011

16 de setembro... chegando em Botswana

Queridos amigos... Depois de viajar 8 horas de São Paulo para Johannesburg, pudemos dar um passeio pela cidade de Nelson Mandela. Conhecemos a ponte que leva o nome dele... uma miniatura da nossa ponte estaiada. A cidade é baixa, não tem edificios e impressiona pela arquitetura moderna. Vimos a velha estação de trem que foi desativada... uma construção bonita nos moldes ingleses!
A coisa mais divertida de andar por Johannesburg foi notar a quantidade de pequenos salões de cabeleireiro, praticamente um para cada habitante! :-)
Foi incrível ver os penteados das mulheres.. umas com perucas muito diferentes lembrando os cabelos das  francesas do século passado. Algumas com as famosas trancinhas tão elaboradas que dá para perdem um bom tempo tentando entender como são feitas.
Enfim, as damas sul africanas são no mínimo exóticas.
Dia seguinte, fomos para Botswana.
Janaina já estava nos esperando no aeroporto e foi muito lindo descer do avião e ve-la no segundo andar do aeroporto tirando fotos da nossa chegada. Adoramos, foi uma recepção calorosa depois do frio de Johannesburg.
Enfim, passamos nossas horas em Joburg rodando pela cidade de taxi num dia muito frio. Mas chegar em Botswana com um sol de 30 graus, compensou!
Não pudemos entender muito sobre o estilo de vida dos sul africanos, apenas constatamos, de uma maneira não muito bacana que o racismo é muito presente, o que é muito triste, ainda hoje num país que tem Nelson Mandela como um símbolo nacional.
De qualquer modo, foi interessante passarmos pelo preconceito, pois nós nunca entendemos o sentido de sofrer um preconceito por sermos da cor que somos. É muito triste saber que as pessoas ainda não superaram isso.
Mas, tudo mudou quando chegamos a Botswana.
Logo na chegada descobrimos que as pessoas são doces e alegres, e sempre muito educadas.
Maun, que foi a cidade que nos acolheu é um lugarzinho pitoresco, lembra muito uma cidade de praia sem praia... Botswana tem quase 80% do seu território ocupado pelo deserto de Kalahari... o que significa nenhum asfalto e muita areia e vida selvagem.
A cidade de Maun é recortada por um rio e é muito simpática e animada...
Seguimos duas horas num off road 4x4 pilotado pela nossa querida Jana. Ah! Sim, não posso esquecer de mencionar que como ex colonia britanica, Botswana e tb Africa do Sul, tem os carros com a direção do lado direito... Então foi muito engraçado viajar vendo tudo do lado errado! Ou melhor do lado certo! Afinal o conceito automóvel é mesmo britanico!
Duas horas de estrada com burrinhos, bodes e gado atravessando de um lado para outro... uma buzinada aqui, outra acolá e os bichos, paravam para nos das passagem. Mas não resistimos quando encontramos um burrinho literalmente encalhado no meio da estrada. Tiramos muitas fotos, pois o bichano era muito fofinho. Aliás não vimos em Botswana nenhum animal com o olhar tão doce quanto o dos burrinhos.
Bodinhos de todas as cores pipocavam da estrada... Lembrei da obra de Chagall, bode tocando violino que tem todo um significado no filme Um Lugar Chamado Notting Hill. Ah os bodes... vou sentir saudades.
Enfim, depois de percorrer a estrada sem fim, totalmente plana, reta e sem uma paisagem diferente das árvores espinhentas secas, areia e bodes, vacas e burrinhos, entramos numa rua de areia e lá começou nossa aventura.
Passando por meio de espinhos enormes que de vez em quando esbarravam no carro, descobrimos em pouco tempo uma placa de madeira escrito, Meno a Kwena! Ali atravessamos a tal da "cerca" e logo a Jana exclamou
"Aqui começa a reserva, estamos do lado selvagem da cerca!"
Ali começava nossa aventura.


(Alessandra Cherazard Maiello)

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